publicado em 13/08/2015

Veja o passo a passo para abrir uma empresa na internet

Crescimento do mercado online instiga o empreendedorismo na web. Especialistas orientam como criar o negócio, do planejamento à formalização.

Com o crescimento do mercado online, é cada vez mais comum empreendedores terem interesse em abrir uma empresa para vender produtos ou serviços diretamente pela internet. O G1 ouviu especialistas para ajudar quem quer empreender na web.

Segundo eles, abrir um negócio no mundo virtual exige praticamente as mesmas etapas que as para iniciar qualquer empresa. É preciso elaborar um plano de negócio, ter um público-alvo e estratégias de marketing e de divulgação bem definidas, para que os consumidores saibam de sua existência na internet. É necessário, ainda, formalizar o negócio.

A única diferença com relação a uma empresa "física" é que, em vez de procurar um ponto comercial para atender os clientes presencialmente, será preciso investir em site ou plataforma de e-commerce, para quem for apostar no varejo.

VEJA O PASSO A PASSO PARA ABRIR UMA EMPRESA NA INTERNET:

1) Estabeleça o foco do negócio e o público-alvo

Antes de abrir uma empresa na internet, o empreendedor precisa definir o que vai vender ou oferecer, para quem e para suprir qual necessidade, dizem especialistas.

“É preciso ter um nicho de mercado, um foco, conhecer o cliente e atendê-lo muito bem. Não queira vender para todo mundo. Essa é a maior dica para quem está começando. Se não ele vai acabar tentando concorrer com os grandes. E isso não é só no mundo online ou no mundo físico, é uma regra do varejo. O que muda é o canal”, orienta Marcio Eugênio, especialista em e-commerce e sócio fundador da D Loja Virtual, desenvolvedora de loja virtual para micro e pequenas empresas.

Nessa etapa, é interessante fazer uma pesquisa de mercado. “Fazer um estudo da concorrência e dos valores [preços cobrados] é importante para ser competitivo, ter um produto de qualidade e bom atendimento”, orienta o consultor de marketing digital Eduardo Sani, da consultoria Uselink.

“A questão do mix de produtos na loja tem que ter foco. Se não, ele atira para tudo quanto é lado, investe todo o dinheiro dele nos produtos, em estoque, e não consegue vender as coisas. Sem foco, ele não vai ser o melhor em nada e ninguém vai se lembrar dele”, sugere Eugênio.

2) Elabore um plano de negócio

Uma das ações mais importantes antes de começar um negócio é fazer um planejamento, para só depois colocar a ideia em prática, orienta Jairo Migues, consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em São Paulo (Sebrae-SP).

De acordo com Migues, ao elaborar um plano de negócio, o empreendedor minimiza riscos de quem quer montar o comércio eletrônico.

Nessa fase, ele vai colocar no papel as ideias elaboradas na etapa anterior, além de dados financeiros e forma como chegará aos resultados. “Ele vai colocar informações sobre o mercado, público-alvo, a disponibilidade financeira, o quanto vai gastar para abrir o negócio”, explica.

De acordo com ele, os escritórios do Sebrae em todos os estados dão apoio aos empreendedores que querem formular um plano de negócio (acesse aqui o guia do Sebrae sobre como montar um plano de negócio).

3) Abra a empresa

Para quem está começando e fatura até R$ 60 mil ao ano, os especialistas indicam o registro como Microempreendedor Individual (MEI). Nesse caso, é possível fazer o cadastro pela internet, na página do programa, que éwww.portaldoempreendedor.gov.br.

Segundo o governo, o MEI é enquadrado no Simples Nacional e fica isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). O microempreendedor paga o valor fixo mensal de R$ 37,20 (comércio ou indústria), R$ 41,20 (prestação de serviços) ou R$ 42,20 (comércio e serviços), destinados à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS.

Para quem fatura acima de R$ 60 mil ao ano, o passo a passo da abertura é o mesmo de uma empresa tradicional e inclui registro na Junta Comercial, na Receita Federal (para ter o CNPJ), na prefeitura e na Secretaria Estadual da Fazenda, de acordo com o Sebrae.

Nesses casos, Jairo Migues orienta que o empreendedor busque auxílio do próprio Sebrae de sua região. Eduardo Sani indica, ainda, a contratação dos serviços de um contador para ajudar com a documentação e balanços financeiros da empresa.

Ao criar uma marca, os especialistas recomendam, também, o registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), para que ela não seja utilizada ou copiada. É necessário checar antes se a marca escolhida já não é usada por outra empresa.

4) Crie um site

Para criar uma loja virtual, o empreendedor precisará de uma plataforma, uma ferramenta na internet para criar e manter o próprio site, explica o consultor de marketing digital Eduardo Sani.

“Existem várias plataformas pagas e gratuitas que ele usar para pode começar o negócio. A escolha da plataforma é muito importante. É como escolher um carro, ele pode escolher um Fusca ou uma Ferrari. Lojas gratuitas não são tão personalizadas, não têm tantas ferramentas como uma paga”, explica. Entre elas, há a que permite que o cliente monte um carrinho de compra e outra que sugere produtos similares ao consumidor conforme ele clica nas ofertas.

De acordo com Sani, os preços das plataformas pagas também variam muito, conforme a quantidade de opções. Podem custar de R$ 50 ao mês, em um modelo padrão, a entre R$ 30 mil e R$ 60 mil, para projeto de uma loja exclusiva.

A SistemasBH desenvolve Loja Virtual Personalizada a partir de R$ 1.500,00.

“Para o empreendedor que quer sentir o mercado, recomendo começar com [uma plataforma] barata ou gratuita e depois partir para uma loja com um investimento maior. Já vi empresa começar com loja de R$ 60 mil e fechar”, explica Sani. A sugestão é oferecer os produtos, primeiramente, em sites de vendas coletivas (como "MercadoLivre" ou "Elo7"). “Você consegue criar uma página dentro desses sites sem custo nenhum e customizar essa página”, explica. Os sites, contudo, cobram uma taxa sobre a venda de cada produto.

Após a escolha da plataforma, o empreendedor precisará personalizar o site, com um visual (layout) e o logo da marca. De acordo com o consultor, para essa etapa pode ser que o empreendedor precise contratar um webdesigner. Caso saiba, ele mesmo pode fazer a personalização. Depois, será preciso fotografar, cadastrar os produtos e colocar os respectivos preços na plataforma.

“Tem muita gente que acha que ter uma loja virtual vai ser mais simples que a loja física. Mas não é mais simples. Você não investe em mobiliário mas, na loja virtual, para dar certo, vai ter que investir tempo e dinheiro do mesmo jeito. Você só coloca esses recursos de outra forma", diz Marcio Eugênio.

5) Invista em marketing e divulgação

Os especialistas afirmam que atrair clientes para a loja virtual é a etapa mais difícil e, muitas vezes, exige grande investimento em anúncios e publicidade na internet. Isso porque o universo da internet é “infinito”, e os internautas (clientes em potencial) precisam saber da existência da loja virtual. “O maior investimento para quem abre o e-commerce, muitas vezes, não é a compra do produto ou criação de um site, é o investimento em marketing”, sugere Sani.

“É como se você colocasse uma loja no meio do deserto. Ninguém te conhece. A loja tem que ter um nicho que ela consiga ser competitiva, diferenciada. E deve-se montar uma estratégia de divulgação para que as pessoas conheçam a loja. Senão, é a mesma coisa de montar uma loja física no viaduto que não passa carro”, avalia Eugênio.

De acordo com o especialista em e-commerce, o investimento precisa ser feito em páginas frequentadas pelo público-alvo. “Os mais comuns são os links patrocinados do Google. Anúncio dentro do Facebook é espetacular, e em sites de comparação de preços.”

Eduardo Sani diz que há, também, os chamados sites verticais, que são aqueles com conteúdo relacionado ao segmento. “Se eu tenho um e-commerce de pet shop, eu vou anunciar em um site que fala de animais”, exemplifica.

Depois do investimento, é necessário acompanhar o resultado, explica Sani. “Qual desses canais me gera mais vendas? É um processo que demanda tempo e investimento.”

Conforme o negócio for crescendo, o empreendedor terá, ainda, que investir em uma estratégia para crescimento orgânico, sem precisar gastar tanto dinheiro para atrair visitantes, diz Eugênio. “Mas nesse caso é um plano de médio e longo prazo, para as pessoas irem te conhecendo. Exemplos são gerar vídeos de conteúdo e criar fan pages [páginas] nas redes sociais. Há uma série de coisas que você vai colocando na estratégia para divulgar.”

6) Defina as formas de pagamento

O empreendedor também terá que pensar nas formas de pagamento oferecidas aos clientes. O especialista Marcio Eugênio preparou uma lista:

- Cartão de crédito

Um dos meios mais utilizados para pagamento em e-commerce. O cliente digita o número de seu cartão diretamente no sistema da operadora, através de uma conexão segura. O lojista tem como custo uma tarifa mensal.

- Boleto bancário

Opção necessária e destinada principalmente a clientes que não têm cartão de crédito ou não gostam de realizar transações com ele na internet. O custo para o lojista fica em torno de R$ 4 por boleto, diz Eugênio, mas pode variar de acordo com o banco.

- Transferência eletrônica de fundos (TEF)

O cliente digita sua senha em uma conexão direta com o banco (internet banking), que autoriza a transferência do valor de compra para a loja.

- Facilitadores (como Pay Pal e PagSeguro)

O cliente fornece as informações de conta no ambiente seguro da empresa e paga com seu cartão de crédito ou o saldo disponível. Depois disso, os facilitadores oferecem uma transferência online para a conta da empresa.

7) Crie um sistema de logística e entrega

A principal forma de entrega citada pelos especialistas é o serviço dos Correios. De acordo com Sani, no começo do negócio o empreendedor pode levar o produto vendido até uma agência dos Correios e pedir a entrega para o cliente.

Mas, com o aumento do volume, ele provavelmente precisará contratar o serviço de coleta dos produtos. Dessa forma, é marcada uma hora do dia para os Correios passarem no endereço informado e retirarem as mercadorias. Os Correios oferecem em seu site a opção de acompanhamento da entrega.

Eduardo Sani diz, contudo, que é recomendado ao empreendedor ter também a opção de serviço de uma empresa de logística. Segundo ele, é comum os Correios ficarem sobrecarregados perto de datas comemorativas, como Natal, Dia das Mães, entre outras. Se o empreendedor tiver uma segunda opção, ele não corre o risco de atrasos.

8) Ofereça canais de atendimento ao consumidor

Os especialistas afirmam que é essencial oferecer um canal de atendimento ao consumidor. Os principais são: telefone, e-mail e chat.

"Quando está montando um e-commerce, o profissional deve verificar esses itens, pois algumas plataformas vêm com o chat e, em outras, é necessário implementá-lo", indica. De acordo com ele, os meios de comunicação com o consumidor são os principais responsáveis por passar credibilidade, o que é essencial para novos clientes. Ter as três formas de contato faz a diferença.

"O atendimento ao consumidor é importantíssimo. Quanto mais canais for possível oferecer com qualidade, melhor. O que eu costumo dizer é o seguinte: você precisa falar com seu cliente onde ele está acostumado (...). O mínimo que se pede é um e-mail, e que o responsável por respondê-los seja ágil e se mostre preocupado em sanar as dúvidas dos clientes", diz Eugênio.

Segundo Eugênio, um telefone com atendimento em horário comercial também é importante. "Muitas vezes o cliente sente falta de um contato humano, de saber que a pessoa que está por trás daquela loja não é um robô", orienta.

Ele afirma, ainda, que o chat online é um diferencial para os e-commerces.  "Existem diversas empresas que oferecem essa ferramenta (algumas até gratuitas). Ela é interessante, pois dá um dinamismo no atendimento e pode fazer com que o ato da compra se consolide mais rápido."

De acordo com o especialista da D Loja Virtual, o empreendedor pode usar a criatividade e abrir canais de atendimento em redes sociais, como Facebook, Twitter e até mesmo no Whatsapp. "Não adianta, por exemplo, abrir um canal de atendimento somente via Twitter se o seu público-alvo não está no Twitter. Portanto, esteja onde o cliente está", conclui.

Fonte: Portal G1

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